• sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

    Nota de repúdio contra a redução da maioridade penal

    Nota de repúdio contra a redução da maioridade penal


    Diante da tramitação da Proposta de Emenda a Constituição PEC 33 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, que visa a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, a Pastoral da Juventude (PJ) vem a público expressar seu repúdio à esta medida que atinge diretamente a vida de nós, jovens e adolescentes brasileiros.
    A criminalidade e a violência, da qual estão inseridos/as adolescentes e jovens, são frutos de um modelo neoliberal de produção e consumo que opera na manutenção das injustiças socioeconômicas, e devem urgentemente ser transformadas, especialmente a partir da construção de políticas que garantam direitos básicos à juventude e adolescentes, como o direito à educação e saúde de qualidade, moradia digna e trabalhos decente. Além disso, o Estado brasileiro não tem efetivado a aplicação mais ajustada das medidas socioeducativas que estão previstas no  ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e  poucas são as iniciativas de execução de políticas públicas para a juventude, que são essenciais para uma vida digna e segura.  
    Trancar jovens com 16 anos em um sistema penitenciário falido que não tem cumprido com a sua função social e tem demonstrado ser uma escola do crime, não assegura a reinserção e reeducação dessas pessoas, muito menos a diminuição da violência. A proposta de redução da maioridade penal é considerada inconstitucional e violação de cláusula pétrea, além de fortalecer a política criminal e afrontar a proteção integral.
    Ser favorável a esta medida é também ferir o nosso desejo e horizonte de vida em plenitude para toda a juventude.  Por isso conclamamos a sociedade a compreender que é tarefa de todos/as trabalharmos pela cultura de paz, priorizando o cuidado, a escuta e o compromisso com a vida da juventude, adolescentes e crianças para um Brasil pleno de paz, justiça e dignidade.

    Equipe do Projeto Nacional “A Juventude Quer Viver!”
    Coordenação e Comissão Nacional de Assessores da Pastoral da juventude

    Autor/Fonte: Equipe do Projeto Nacional “A Juventude Quer Viver!”

    quarta-feira, 21 de novembro de 2012

    Ampliada Nacional da PJ

    A próxima Assembleia Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude, em 2014, será realizada na Arquidiocese de Belo Horizonte.  Segundo o padre Sebastião Corrêa Neto, assessor referencial do serviço regional de evangelização da juventude do Regional Leste 2 da CNBB, o projeto apresentado pela Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belo Horizonte foi acolhido pela coordenação nacional da pastoral. Assim, o evento que reúne representantes da Pastoral da Juventude de todas as (arqui)dioceses do Brasil será realizado na capital mineira.
    O tema da Assembleia Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude 2014 será “Somos Igreja jovem: 40 anos construindo a civilização do amor”. Trata-se de uma referência ao aniversário da Pastoral da Juventude. O lema é inspirado no Livro de Atos: “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos 4,10).
    De acordo com o padre Sebastião, o evento ocorre a cada dois anos. Nele, serão decididos os caminhos e prioridades da Pastoral da Juventude. “Também é oportunidade para avaliar projetos”, explicou o sacerdote. A Assembleia será de 19 a 26 de janeiro de 2014.

    terça-feira, 13 de novembro de 2012

    V CAF Chegando!




    “Na bruna leve das paixões que vem de dentro,
    Tu vens chegando pra brincar no meu quintal...”


    Amada juventude da arquidiocese de Pouso Alegre

    Com alegria e entusiasmo a EAPJ – Equipe Arquidiocesana da Pastoral da Juventude, juntamente com seus Seminaristas e seu Padre Assessor, preparam mais uma edição do CAF – Curso Arquidiocesano de Formação.

    O CAF, organizado pela Pastoral da Juventude, mas não restrito a ela, vem se revelando instrumento importante na formação da Juventude de nossa Arquidiocese, fazendo-a protagonista em suas comunidades e paróquias, bases de nossa Arquidiocese.

    Esta 5ª edição do CAF acontecerá na cidade de Santa Rita do Sapucaí, na Casa da Paz, nos dias 25, 26 e 27 de janeiro de 2013. Contará com a Assessoria do Seminarista de nossa Arquidiocese Edpo Campos, que trabalhará com os jovens na área temática: Juventude e Missão; com o lema: Eis-me aqui, envia-me (Is 6,8); e todo o curso será iluminado pela passagem de Is 6,1-9.

    O CAF, ainda, objetiva a preparação da juventude para torná-la protagonista no cenário juvenil que teremos em 2013 e, consequentemente, trabalhar para que a Campanha da Fraternidade, Bote Fé, Semana Missionária e Jornada Mundial da Juventude, sejam apenas um início motivador para a evangelização e articulação da juventude em nossas comunidades e paróquias.

    Para participar o jovem deverá encaminhar os dados da ficha de inscrição para o email danipj@ibest.com.br ou ainda para welington2000@gmail.com até o dia 17 de janeiro de 2013 (ou até que se completem as vagas, pois são limitadas). O pagamento da inscrição poderá ser feito por depósito até o dia 31 de dezembro por R$ 55,00 e após esta data, R$ 60,00. As informações quanto ao depósito poderão ser solicitadas nos emails acima. O comprovante de depósito deve ser apresentado à secretaria no dia do curso, ou ser encaminhado ao email danipj@ibest.com.br

    Dados a serem informados:


    SOLICITAÇÃO DE INSCRIÇÃO
    (enviar dados para danipj@ibest.com.br )

    Nome: _______________________________________Nascimento: ____________________
    Rua: ______________________________­­­­_________________________ Nº: ______________
    Bairro: _______________________________________ Caixa Postal nº: ________________
    CEP: _____________ Cidade: _____________________ UF: __________
    Paróquia: ___________________________ Telefone: ________________
    E-mail: ______________________________________________________ 

    ______________________                                _____________________
     Assinatura do(a) jovem                                Assinatura do Pároco
     

    O QUE VOCÊ TÁ ESPERANDO PARA FAZER SUA INSCRIÇÃO! CONVERSE COM SEU GRUPO E SEU PÁROCO!

    NOS ENCONTRAMOS LÁ!

    domingo, 7 de outubro de 2012

    8 Perguntas sobre o DNJ 2012


    1.         O que é DNJ?
    O DNJ - Dia Nacional da Juventude é celebrado na Igreja do Brasil há 27 anos, sempre o último domingo do mês de outubro em todas as Dioceses do País, é um momento propício para Juventude se reunir para celebrar o seu dia, sua vida, suas conquistas. Trata-se de um dia festivo, de encontro, mas também um momento para se refletir sobre um tema pertinente a realidade juvenil em nossa sociedade. O DNJ originalmente foi uma atividade iniciada pela PJ (Pastoral da Juventude), porém, não restrito a ela. Hoje em dia com o advento dos movimentos juvenis, todos são chamados a celebrar esse dia festivo. Outrossim porque hoje a CNBB nos pede que haja nas Dioceses o Setor Juventude, que compreende todas as expressões Juvenis (PJ, TLC, RCC, JOVISA, entre outros). Em nossa Arquidiocese, quem está responsável pelo DNJ deste ano é a Subcomissão Juventude.

    2.         Em que data, horário e local será realizado o DNJ?
    Esse ano o DNJ acontecerá no domingo dia 28 de outubro, das 8h30min às 16h30min, na quadra poliesportiva da Escola Profissional (Pavonianos) em Pouso Alegre, perto da Rodoviária e ao lado do Colégio São José. Especialmente este ano o DNJ será arquidiocesano e não setorial, pois quer-se reunir a Juventude Arquidiocesana para celebrar o seu dia e ser também uma preparação para o “Bote Fé”, quando estaremos recebendo a Cruz da JMJ e o Ícone de Nossa Senhora em março de 2013. Ser também uma preparação para a JMJ Rio 2013.

    3.         Que tema será abordado no DNJ 2012 e por quê?
    O tema proposto para celebração do DNJ desse ano é: “Juventude e Vida” e lema: “Que vida vale a pena ser vivida?”. A escolha do tema e lema do DNJ leva sempre em consideração o tema da Campanha da Fraternidade do ano vigente e quer ser um aprofundador do mesmo na perspectiva para a juventude. Com a pergunta “que vida vale a pena ser vivida?”, poderemos refletir sobre a realização da vida plena, através de nossos projetos de vida pessoais e dos projetos de sociedade.

    4.         O que se pretende e espera para o bom êxito deste DNJ?
    A Subcomissão Juventude pretende fazer do DNJ 2012 um momento de encontro celebrativo da Juventude Arquidiocesana, bem como preparar nossa Juventude para o Bote Fé e também para a celebração da JMJ. Espera-se também o empenho de nossas juventudes protagonistas envolvidas e também apoio de nossos Padres aos Jovens, lembrando que a opção pela Juventude é uma das prioridades assumidas na última Assembleia Arquidiocesana e o DNJ configura-se como um instrumental privilegiado de Evangelização da Juventude como recorda o Doc. 85 da CNBB.

    5.         Quais exigências serão propostas aos jovens que desejarem participar do DNJ?
    Não diria exigência, mas pedimos aos Jovens que forem participar do DNJ que levem suas esperanças, alegrias, dificuldades, anseios, sonhos, entusiasmo, medos, conquistas para fazermos desse dia uma autêntica celebração da Juventude Arquidiocesana. Enfim, que o Jovem venha motivado para participar daquilo que será proposto no DNJ. Além disso, é interessante que grupos articulados nas bases levem seus símbolos, bandeiras, faixas...

    6.         Haverá limites quanto ao número de jovens por paróquias para participarem do DNJ?
    Não há limite de participantes.

    7.         Que mensagem deixar aos pais e jovens das nossas paróquias e setor em relação ao DNJ 2012?
    R. Acreditem, apoiem, incentivem, motivem nossa Juventude. Como diria nosso Saudoso Beato Papa João Paulo II: “Jovem evangeliza jovem”. O que falta muito hoje em dia é acreditarmos nos Jovem e dar-lhes uma especial atenção. Que o DNJ 2012 se configure como uma forma de carinho e atenção especial da Igreja particular de Pouso Alegre aos jovens de nossas paróquias.
    8.         Quais os principais detalhes que preciso saber?
    Tema: “Juventude e Vida”
    Lema: “Que vida vale a pena ser vivida”
    Data: 28 de outubro de 2012
    Local: Escola Profissional Delfim Moreira
    Endereço: Rua Mons. José Paulino, 371, centro, Pouso Alegre/MG (ao lado do colégio São José)
    Horário: 08h30min às 16h30min (encerramento com a Santa Missa)
    Haverá lanchonete no local, mas não terá almoço.

    Se ainda tiver alguma dúvida, envie ela para welington2000@gmail.com

    Carta convite do DNJ aos Párocos e Administradores Paroquiais


    COORDENAÇÃO ARQUIDIOCESANA DE PASTORAL
    ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE

         Trav. Dr. Sylvio Fausto, 33 – Pouso Alegre – MG / Telefax. (35) 3421- 1248
    Cel.: (35) 9807-4610 – E-mail: secretaria.pastoral.pa@hotmail.com



    Pouso Alegre, 04 de outubro de 2012 - dia de São Francisco de Assis.

    Dia Nacional da Juventude (DNJ)

    “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundancia” (Jo 10,10)

    Reverendíssimos Senhores Padres,

    Como sabemos, na última Assembleia Arquidiocesana de Pastoral ficou definido que uma das prioridades do Plano da Ação Evangelizadora de nossa Arquidiocese para os próximos quatro anos é “Família e Juventude”. Desta prioridade nasceu a Subcomissão Juventude, formada atualmente por membros representantes dos diversos movimentos e pastorais juvenis de nossa Arquidiocese.
    Queremos muito ajudar os nossos jovens a encontrar o caminho de Cristo Jesus e Nele descobrirem o sentido para a vida. Para tanto, precisamos e contamos com a força e incentivo de toda a Igreja particular de Pouso Alegre. De modo especial, precisamos da ajuda dos senhores padres. Pedimos insistentemente que nos ajudem! Como?
    No DIA 28 DE OUTUBRO DESTE ANO, os jovens católicos de nosso Brasil celebrarão o “DIA NACIONAL DA JUVENTUDE”. A Subcomissão Juventude está organizando uma concentração de jovens para celebrar este evento. Precisamos que os senhores padres mobilizem e incentivem os jovens paroquianos para participar. Se na sua paróquia tem grupo de jovem organizado, leve o convite a eles; se não tem, incentive a catequese e outros jovens. É muito importante que a sua paróquia seja representada no DNJ.
    O dia será marcado pela alegria, pela Palavra de Deus, pela oração, pelo teatro, pela dança e, sobretudo, pela presença de nossos jovens – o futuro da Igreja.
    No encontro também trataremos de assuntos do interesse de todos como a Jornada Mundial da Juventude 2013 e do Bote Fé.

    OBS. O convite é para TODOS os grupos ou movimentos juvenis de nossa Arquidiocese.

    INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

    Tema: “Juventude e Vida”
    Lema: “Que vida vale a pena ser vivida”
    Data: 28 de outubro de 2012
    Local: Escola Profissional Delfim Moreira
    Endereço: Rua Mons. José Paulino, 371, centro, Pouso Alegre/MG (ao lado do colégio São José)
    Horário: 08h30min às 16h30min (encerramento com a Santa Missa)

    ü  Haverá lanchonete no local, mas não terá almoço.
    ü  Pedimos a colaboração para cada jovem de R$ 3,00. Se possível, o coordenador ou responsável pelo grupo recolha este valor antecipadamente de todo o grupo.

    Na paz do Senhor,

    Pe. Elcio José de Toledo - sj
    Pe. Douglas Aparecido Marques
    Pela Subcomissão Juventude

    quinta-feira, 6 de setembro de 2012

    Grito dos Excluídos

    O que é

    O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
    O Grito dos Excluídos, como indica a própria expressão, constitui-se numa mobilização com três sentidos:
    • Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
    • Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
    • Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
    O Grito se define como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.
    As atividades são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos – e se estendem por todo o território nacional.

    Para iniciarmos a apresentação, se faz necessário dizer o que é o Grito dos Excluídos

    O Grito dos Excluídos é uma iniciativa que se compõe de uma série de eventos e mobilizações que se realizam ao redor da Semana da Pátria, ou seja, de 01 a 06 finalizando-se no dia 07 de setembro, ou um pouco antes, isso depende da realidade local. Não se trata exatamente de um movimento, uma campanha ou uma organização, mas de um espaço de convergência em que vários atores sociais que se juntam para protestar e propor caminhos novos. As principais manifestações ocorrem no Dia da Independência, pois seu eixo fundamental gira em torno da soberania nacional. O objetivo é transformar uma participação passiva, nas comemorações dessa data, em uma cidadania consciente e ativa por parte da população.
    Contudo o Grito dos Excluídos não se limita nas ações do dia 07 de setembro. De ponta a ponta do país, podemos subdividir as atividades em um antes, um durante e um depois. Um antes, se nos atemos às reuniões da coordenação nacional, ao encontro dos articuladores, à preparação do material, à divulgação e organização e a uma série de eventos que se destinam à preparação dos agentes e lideranças; um durante quando as ruas e praças das principais cidades do Brasil, com destaque para o Santuário de Aparecida, em São Paulo, onde o Grito e Romaria dos Trabalhadores fazem uma grande parceria. Essas manifestações se enchem de manifestantes, de gritos e de utopia; um depois, no sentido de avaliar e garantir a continuidade das ações, numa espécie de fio condutor que une num único processo os Gritos realizados nesses rincões afora dede grande Brasil.

    Como nasceu e quem promove o Grito dos Excluídos?

    O Grito nasceu de duas fontes distintas, mas, complementares. De um lado, teve origem no Setor Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como uma forma de dar continuidade à reflexão da Campanha da Fraternidade de 1995, cujo lema – Eras tu, Senhor – abordava o tema Fraternidade e Excluídos.
    De outro lado, brotou da necessidade de concretizar os debates da 2ª Semana Social Brasileira, realizada nos anos de 1993 e 1994, com o tema Brasil, alternativas e protagonistas. Ou seja, o Grito é promovido pela Pastoral Social da Igreja Católica, mas, desde o início, conta com numerosos parceiros ligados às demais Igrejas do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), aos movimentos sociais, entidades e organizações.
    Nos dois casos, podemos afirmar que a iniciativa não é propriamente criada, mas descoberta, uma vez que os agentes e lideranças apenas abrem um canal para que o Grito sufocado venha a público. A bem dizer o Grito brota do chão e encontra em seus organizadores suficiente sensibilidade para dar-lhe forma e visibilidade.

    Por que Grito dos Excluídos?

    O pressuposto básico do Grito é o contexto de aprofundamento do modelo neoliberal como resposta à crise generalizada a partir dos anos 70 e que se agrava nas décadas seguintes. A economia capitalista globalizada, a precarização das relações de trabalho e a guerra por novos mercados geram massas excluídas por todo o mundo, especialmente nos países periféricos.
    Os movimentos sociais reagem. No Brasil, as Igrejas cristãs juntamente com outros parceiros promovem na década de 90 as Semanas Sociais. Cresce a consciência das causas e efeitos da exclusão social, como o desemprego, a miséria e a violência, entre outros. O fruto amadurece e nasce o Grito dos Excluídos. Trata-se de uma forma criativa de levar às ruas, praças e campos o protesto contra esse estado de coisas. Os diversos atores sociais se dão conta de que é necessário e urgente dar visibilidade sócio-política à indignação que fermenta nos porões da sociedade, os excluídos/as. Se o mercado tem o direito de dobrar as autoridades políticas com seu “nervosismo”, os setores marginalizados da população também podem e devem tornar pública sua condição de excluídos.

    Por que 7 de setembro?

    Desde 1995 foi escolhido o dia 7 de setembro para as manifestações do Grito dos Excluídos. A idéia era aproveitar o Dia da Pátria para mostrar que não basta uma independência politicamente formal. A verdadeira independência passa pela soberania da nação. Um país soberano costura laços internacionais e implementa políticas públicas de forma autônoma e livre, não sob o constrangimento da dívida externa, por exemplo. Relações economicamente solidárias e justiça social são dois requisitos indispensáveis para uma verdadeira independência.
    Nada melhor que o dia 7 de setembro para refletir sobre a soberania nacional. É esse o eixo central das mobilizações em torno do Grito. A proposta é trazer o povo das arquibancadas para a rua. Ao invés de um patriotismo passivo, que se limita a assistir o desfile de armas, soldados e escolares, o Grito propõe um patriotismo ativo, disposto a pôr a nu os problemas do país e debater seriamente seu destino. É um momento oportuno para o exercício da verdadeira cidadania.

    Quais as principais lições do Grito dos Excluídos?

    Chamamos a atenção para sua abertura a todos aqueles que se propõem defender a causa das populações deixadas à margem da história e da vida. O Grito não tem dono: embora nascido no contexto da Igreja, é uma iniciativa levada adiante por várias forças da sociedade civil organizada. A organização e os debates privilegiam o diálogo plural, ecumênico e democrático. O Grito abriu caminho para uma série de parcerias em que diferentes atores sociais trabalham em conjunto, o que ajuda a superar o isolamento, o corporativismo e a fragmentação de esforços.
    A seguir, convém ressaltar a criatividade que o Grito possibilita. Apesar de contar com uma coordenação nacional e com determinados eixos centrais para a temática de cada ano, a organização permanece aberta à iniciativa própria das diversas regiões e localidades. Deste modo, o tema geral se enriquece com a contribuição de temas específicos, o que torna as manifestações mais ricas e coloridas. Foi assim que, em 1999, o Grito ultrapassou as fronteiras do Brasil e é realizado em vários países das Américas, surgindo el Grito Continental Por Trabajo, Justicia y Vida.
    Vale sublinhar, ainda, a metodologia e a linguagem adotada pelos organizadores do Grito, que chamamos Articuladores que são elo entre a Secretaria Nacional e os Estados, o papel é fundamental para construção do grito por todos os cantos do Brasil. Privilegia-se não tanto a comunicação verbal, abstrata ou conceitual, mas o gesto, a coreografia, a ação, a simbologia. Os manifestantes gritam não apenas com a voz, mas, sobretudo com as mãos e o corpo. Quanto à metodologia, ganha especial destaque a participação popular. Aqui há limites que o Grito ainda precisa superar: como passar de um grito para os excluídos a um grito dos excluídos? Em outras palavras, como fazer com que os próprios excluídos organize as atividades e tomem as decisões? Esse tem sido o grande desafio de seus dez anos.
    Por fim, nos anos de 2000 e 2002, o Grito foi realizado em conjunto com dois plebiscitos populares, o primeiro sobre a dívida externa e o segundo sobre a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). Foram iniciativas das mais bem sucedidas em termos de participação popular. Envolveram mais de 120 mil agentes, militantes e lideranças, ocorreram em todos os estados e em mais de 3 mil municípios e levaram às urnas, respectivamente, acima de 6 e de 10 milhões de votantes. Em 2007, no dia 07 de semtembro, irá ser realizado em conjunto com o Plebiscito pela Anulação do Leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, a Vale foi privatizada em maio de 1997, ou seja, vendida por R$ 3,3 bilhões, o lucro de 2005 foi de R$ 12,5 bilhões de reais. Tais consultas populares contribuem para o exercício concreto da democracia.

    Quais os horizontes do Grito?

    Sabemos que no Brasil, como de resto em todo continente latino-americano, não raro o conceito de liberdade foi reduzido à idéia de libertação: libertação da opressão, da ditadura militar, da pobreza e assim por diante. Nos meios eclesiais, por exemplo, com freqüência faz-se alusão à experiência narrada pelo Livro do Êxodo, quando os escravos se libertaram das garras do Faraó. Ora, esse é apenas um lado da moeda, isto é, a liberdade de. O outro lado é a liberdade para. Depois da saída do Egito, é preciso unir forças para continuar caminhando até a Terra Prometida. E aqui o conceito de liberdade se torna bem mais exigente. Se é relativamente fácil saber o que não queremos, costuma ser bem mais difícil saber e explicitar o que queremos.
    Os movimentos sociais nasceram, em geral, numa oposição direta aos regimes de exceção que, em maior ou menor grau, dominaram por décadas diversos países da América Latina. O combate frontal à ditadura imprimiu nas lutas de oposição, de forma acentuada, a marca da crítica e do não. A urgência em superar o domínio militar deixou pouco espaço para aprofundar os contornos de uma via democrática viável, sólida e duradoura.
    Nesta perspectiva o Grito dos Excluídos tem como finalidade não apenas a crítica do modelo neoliberal, mas também a preocupação propositiva de buscar alternativas. Daí seu duplo caráter, de protesto e afirmação, de denúncia e anúncio. Em síntese, seu horizonte último é abrir canais para a construção do Brasil que queremos, e no contexto atual, dizer o que Não Vale e o que Vale para a construção e participação no destino da nação.

    Lemas do Grito dos/as Excluídos/as

    Assim mantemos a divisão feito pelo Pe. Alfredinho em três fases de acordo com a temática abordada: a primeira vai de 1995 a 1997; a segunda, de 1998 a 2001; a terceira, de 2002 e 2007; a quarta, 2008 a 2011.
    A primeira fase inclui os seguintes lemas: A vida em primeiro lugar (1995); Trabalho e terra para viver (1996); Queremos justiça e dignidade (1997). As três frases agrupam-se em torno de um pano de fundo mais ou menos determinado, que é a defesa da vida e dos direitos humanos. O direito ao trabalho e à terra apontam para uma vida com justiça e dignidade. Em poucas palavras, o Grito nasce numa perspectiva de lutar pela conquista das condições mínimas de sobrevivência. Evidencia-se deste modo a preocupação inicial com os direitos humanos básicos, sem os quais não é possível garantir a vida e preservar a dignidade da pessoa.
    O segundo grupo de lemas, correspondente à segunda fase, inclui: Aqui é meu país (1998); Brasil: um filho teu não foge à luta (1999); Progresso e vida, pátria sem dívidas (2000); Por amor a essa pátria Brasil (2001). Transparece nestes quatro anos uma temática que, nesse mesmo período, tornou-se cara aos movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada: o debate em torno de um Projeto Popular para o Brasil. Daí a insistência das palavras país, pátria e Brasil. Estava em jogo a busca de uma cidadania consciente e ativa, que superasse o patriotismo passivo do 7 de setembro. Era preciso ampliar o debate, estendê-lo aos mais diferentes setores da população, abrir canais de participação.
    Não podemos esquecer, também, que foi durante esta fase, em 1999, que o Grito ultrapassou as fronteiras do país. Surge El Grito Continental de los Excluídos/as, Por trabajo, justicia y vida, abertura que nos introduz na terceira fase. O terceiro e último agrupamento inclui apenas dois lemas: Soberania não se negocia (2002); Tirem as mãos… o Brasil é nosso chão (2003); Brasil: mudança pra valer o povo faz acontecer (2004); Brasil Em Nossas Mãos a Mudança (2005); Brasil: na força da indignação sementes de transformação (2006); Isto não VALE! Queremos participação no destino da nação (2007). O conceito de soberania pressupõe relações internacionais, em que cada país procura manter sua postura de país livre e autônomo. Quanto à expressão “tirem as mãos”, por tão óbvia e explícita, dispensa maiores comentários. Se a primeira fase chamava a atenção para os direitos fundamentais à vida e a segunda alertava que a vida dos cidadãos requer um projeto de nação, a terceira procura olhar o Brasil no contexto internacional da economia globalizada. De fato, os dois temas apelam para a necessidade de uma nação independente. A noção de soberania e a frase tirem as mãos, combinadas, apontam para a autonomia do povo brasileiro frente às novas relações mundiais e à cobiça dos países centrais. A escolha dessas temáticas explica-se, além disso, pela ofensiva imperialista norte-americana, especialmente sob o governo Bush. Em poucas palavras, é preciso defender as riquezas naturais do Brasil e a vida dos brasileiros e brasileiras dos ataques de um neoliberalismo cada vez mais exacerbado.

    A mídia

    Uma das formas de olhar para o Grito a partir da mídia escrita é consultar os dossiês organizados pela secretaria. Torna-se igualmente importante acompanhar as imagens e reportagens do 7 de setembro pela televisão e pelo rádio. Também neste caso não será difícil constatar uma certa evolução na avaliação que os diferentes veículos midiáticos fazem do Grito.
    Para começar, nos primeiros anos do Grito, verifica-se uma certa surpresa e perplexidade diante desses “intrusos” que resolvem sair às ruas justamente no Dia da Pátria. Quem são esses que ousam perturbar o colorido da festa cívica? De onde saíram esses “blocos” tão estranhos? O que representam e o que fazem aqui? Será que este é o lugar para essa gente?! Na medida que o Grito, em muitos lugares, disputava ou se contrapunha ao espaço dos desfiles oficiais, a surpresa e perplexidade vinha acompanhada de duras críticas.
    Entretanto, embora alerta para esses “estranhos” que teimavam em ocupar as ruas, a mídia de certa forma conformava-se. Tratava-se, afinal, de um evento episódico, sem maiores conseqüências. Sem dúvida tirava o brilho dos festejos oficiais, mas semelhante atrevimento não podia ter vida longa. Os jornais não podiam tapar o sol com a peneira, não podiam ignorar por mais tempo as manifestações do Grito. Mas também não acreditavam que tamanha ousadia pudesse repetir-se todos os anos. O Grito era visto como um movimento momentâneo que logo se extinguiria.
    O fato é que a cada 7 de setembro lá estavam os “intrusos” outra vez! Com isso, à medida que o Grito cresce em número de manifestações e de manifestantes e à medida que se expande por todo o território nacional, os temores também aumentam. “O Grito roubou a cena” passa, então, a ser a manchete explícita ou implícita de não poucos veículos de comunicação. De fato, de ano para ano o crescimento do Grito nas ruas traduz-se por igual crescimento no espaço da mídia. As mobilizações populares passam a disputar jornais e revistas com os desfiles oficiais. Não é raro ver impressas, no dia 8 de setembro, as fotos das autoridades nos palanques das festas oficiais, lado a lado com as fotos das bandeiras e manifestações do Grito. Também nos noticiários televisivos, progressivamente, as imagens do Grito vão tomando o lugar das imagens de tanques, carros blindados, desfiles de soldados e escolares e dos políticos. Em muitos lugares o povo que assiste às comemorações oficiais acostuma-se a esperar pelo “bloco” dos excluídos.
    É então que a grande mídia passa a um ataque mais sistemático a tamanha ousadia. Onde se viu perturbar assim a festa oficial? Não que desde 1995 não se verificasse hostilidade aos organizadores do Grito. Na verdade, sempre as houve, mas era uma hostilidade um tanto quanto dissimulada. Agora, ao contrário, nota-se uma crítica mais contundente e orquestrada. Na medida em que se constata que o Grito veio para ficar, cresce a perseguição da imprensa, da mesma forma que cresce a prevenção dos órgãos de repressão. Não poucas vezes tem havido confronto com a polícia e até prisão daqueles que coordenam as diversas atividades.

    Marcas do Grito

    O Grito trouxe inovações à mobilização social. A Criatividade, a Metodologia e o Protagonismo dos Excluídos são marcas do Grito.

    Metodologia

    O Grito privilegia a participação ampla, aberta e plural. Os mais diferentes atores e sujeitos sociais se unem numa causa comum, sem deixar de lado sua especificidade.

    Criatividade/ Ousadia

    O Grito tem, a cada ano, um lema nacional, que pode ser trabalhado regionalmente, a partir da conjuntura e da cultura local. As manifestações são múltiplas e variadas, de acordo com a criatividade dos envolvidos: caminhadas, desfiles, celebrações especiais, romarias, atos públicos, procissão, pré-Gritos, cursos, seminários, palestras…

    Protagonismo dos Excluídos

    É fundamental que os próprios excluídos assumam a direção do Grito em todas as fases – preparação, realização e continuidade, o que ainda é um horizonte a ser alcançado.

    Fonte: http://www.gritodosexcluidos.org/historia/

    segunda-feira, 27 de agosto de 2012

    Reunião da EAPJ

    A Equipe Arquidiocesa juntamente com a Equipe Setorial Mandu da Pastoral da Juventude se reuniu em Congonhal neste último domingo, 26 de agosto, para se encontrar , avaliar, refletir e planejar muitas coisas.
    Avaliamos o CDL, que tivemos o mês passado, onde muitos pontos positivos foram levantados e alguns pontos a melhorar para nossas próximas atividades.
    Falamos sobre a Romaria Arquidiocesa, o DNJ, o Bote fé e também a JMJ em julho do ano que vem. Mas a reunião foi enfatizada na preparação o V CAF. Houve uma chuva de ideias muito interessantes, onde um ótimo tema e linha de trabalho foi escolhida. Em breve a EAPJ estará divulgando aos jovens, nossas próximas atividades.
    Fique atento pra nao perder nada.

    sexta-feira, 24 de agosto de 2012

    Que vida vale a pena ser vivida?

    Está chegando o DNJ 2012.
    Nossa arquidiocese se prepara para esta grande festa de toda a juventude.
    Acompanhando a temática da Campanha da Fraternidade deste ano, o DNJ vem nos ajudar a refletir e ao mesmo tempo festejar e celebrar a nossa vida. Com o tema "Juventude e Vida" e com um lema que nos pergunta "Que vida vale a pena ser vivida?" e ainda iluminado pela passagem de Jo 10, 10 "Eu vim para que todos tenham vida", vamos todos juntos nos empenhar para essa grande festa.

    Os grupos de base, movimentos e também outras expressões juvenis podem se preparar para a vivencia e a celebração desta festa com a ajuda do subsídio.

    Em breve, estaremos postando no blog o local, dia e horário de nos encontrarmos.

    Até lá!

    Parabéns! CJC comemora 36 anos…

    …teve bolo, refrigerante e parabéns. O motivo de tanta alegria é a celebração dos 36 anos de existência da Comunidade de Jovens Cristão (CJC) da Paróquia São João Batista, em Cachoeira de Minas, no último domingo, 19. Cerca de 100 jovens de Cachoeira, Ouro Fino, Pouso Alegre, Monte Verde e Gonçalves participaram da festa.
    O encontro foi marcado por muita alegria, oração e reflexão. Eles participaram de palestras, danças, teatro, brincadeiras e dinâmicas. O dia foi finalizado com a Celebração da Eucaristia, presidida pelo padre Marco Antônio dos Santos.  O tema do encontro foi “Juventude, rosto do mundo” e o lema “Seu sorriso logo encanta que te vê”.
     
    Fonte: www.arquidiocese-pa.org.br

    sábado, 14 de julho de 2012

    Blog pejoteiro para JMJ


    Galera Pejoteira de todo Brasil, é com muita alegria que a Pastoral da Juventude Nacional lança seu blog para a Jornada Mundial da Juventude! Queremos neste espaço provocar toda a juventude a dar seu testemunho a partir do processo que tem sido construído no Brasil para a grande celebração em 2013 no Rio de Janeiro.



    Compartilhe com seus amigos em suas redes sociais esse novo endereço www.pj.org.br/jmj! Esse nosso Blog será um espaço para que os Grupos de Base Pejoteiros espalhados pelo nosso país possam acompanhar tudo o que está rolando sobre a Jornada Mundial da Juventude de 2013.