Já paramos pra pensar no que o Dia Nacional da Juventude – DNJ representa para nossas vidas? O que a vivência dessa celebração tão rica em expressões, sentimentos, reflexões e ações mudou nas nossas vidas?
Depois de 25 anos vale a pena colhermos alguns testemunhos do que foi experimentar o DNJ. Nossos cestos certamente se encherão, mesmo não tendo vivido os 25 DNJ´s. Eu em especial relato a partir de 1993 quando vivi meu primeiro Dia Nacional. Ainda era algo desconhecido, mas já empolgava a idéia de encontrar-me com outros jovens, conhecer gente nova e aprender novidades para levar ao grupo. Estávamos ansiosos no AJOSP – Amigos Jovens de São Paulo. Estreávamos a nossa camisa e era a oportunidade de passar um dia juntos, como grupo de amigos cristãos.
Fomos a pé até o local. Uma caminhada de uns 30 minutos até a escola no bairro Porto de Santana em Cariacica/ES, mas passou tão rápido em meio às cantorias e brincadeiras...Caramba era muita gente, muita festa, muita reza! As oficinas eram ótimas: teatro, biodança, contadores de histórias, dança, desenho...Eu fui para o teatro, uma das minhas paixões até hoje. Depois de tudo fizemos cerca de 4 encontros do grupo só trazendo as vivências das oficinas. Foi muito bom! Não guardamos na memória o tema e o lema naquele dia. Até os jovens mais simples do grupo depois lembravam como o “Dia do PJ”. Porque um grito já ecoava: ei você tome uma atitude vem há pra cá pra Pastoral da Juventude! Ficou a interrogação que iria nos acompanhar e mudar nossas vidas em breve: o que era essa tal PJ?
Sem perceber íamos encontrando a resposta num grupo que refletia a sua vida a partir da fé e dos desafios de sermos jovens numa comunidade pobre, desacreditada do restante da paróquia com comunidades maiores e endinheiradas, sem recursos materiais, com jovens pobres, estudantes de escola pública , a maior parte no noturno, trabalhadores na construção civil, em padaria, mercearia, em casas de família, desempregados e no meu caso a disparidade de ser um estudante secundarista da rede particular, mas filho de ferroviário lutador para garantia do bem estar de uma família. E a energia da qual nos alimentávamos a cada ano quando chegava o DNJ era tamanha que já nos fazia desejar o Mistério do que ainda estaria por vir no ano seguinte.
Passamos a valorizar a preparação. Entendemos a importância de estudar o material do DNJ para irmos ao evento sabendo seu grito de cor e salteado. E começamos a gritar: Eu quero ver o novo no poder ! Nas asas da esperança gestamos a mudançaaaa! Vida em plenitude , paz para a juventude ! Lancemos as redes em águas mais profundas ...
E na puxada de rede das terras capixabas vivi a expressão máxima do que um DNJ representou para uma geração. O DNJ Estadual de 2003 e seus 30.000 pejoteiros das quatro dioceses celebrando a conquista na escuta do poder público estadual por políticas públicas para a juventude do Espírito Santo. Quantos rostos naquela multidão...quanta reza na missa com nossos bispos presentes...quanta festa nas apresentações culturais, no show do pop – Congo da Banda Manimal e do Forró pé – de -serra de fim de festa...e quanto trabalho, quanto calor e quanta dor de barriga na turma dos amarelinhos da infra-estrutura. Doeu, mas a gente viveu!
Olhar para traz é bom. Mas é preciso olhar para o hoje! Precisamos garantir o entendimento de que o DNJ é um processo quem tem antes, durante e depois. E quem o abraça deve fazê-lo com responsabilidade. Olhem a beleza e magnitude desse Dia! Vejam como transformou minha vida! Sou mais feliz, mais humano, mais homem, mais cristão, depois de tudo o que vivi. É preciso que o DNJ ainda desperte muitos corações apaixonados pela mística da Civilização do Amor.
Cuidemos para que seja um dia de fato e não vários dias! Era muito bom quando a turma da animação do DNJ dizia que tinha uma galera reunida em todo o Brasil naquele mesmo instante fazendo o mesmo que a gente, dando o mesmo grito Brasil afora. Cuidemos da unidade de pensamento, da simbologia do cartaz, do hino, das rezas e das festas!
Cuidemos para que neste e nos próximos DNJ´s mais e mais jovens sejam felizes! E que a nossa Igreja perceba o quanto precisamos ser felizes através do DNJ.
Abraços fraternos e capixabas!
Renato Barbosa da Silva
Assessor da Pastoral da Juventude - ES
CNAPJ - Leste II
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