• domingo, 22 de maio de 2011

    2º Dia de Reunião CN/CNA/SN

     Iluminados/as pela caminhada dos discípulos de Emaús fizemos memória da nossa inserção na igreja, na Pastoral da Juventude, e refletimos em quais situações e circunstâncias reconhecemos Jesus. Esses pontos marcaram nosso momento de oração no segundo dia de reunião da Coordenação, Comissão de Assessores/as e Secretaria Nacional da PJ nas terras do DF. O dia foi marcado pelas partilhas dos regionais, numa reflexão de, quais são nossos limites, quais os nossos desafios e quais as nossas prioridades.
    Destacamos de modo particular a partilha do Regional Nordeste V e Sul II. O Nordeste V realizou a prestação de contas da Ampliada e partilhou os frutos da pós Ampliada no Regional. O Regional Sul II representado pelo Claudinei de Lima, apresentou os passo feitos e os proximos a serem dados na preparação no regional para a realização do X ENPJ.
    As atividades do nosso dia foram encerradas com uma linda partilha de vida. Conduzida de forma simples e animadora, da mesma forma que é a vida e dinâmica dos nossos grupos de jovens nas bases. Foi um momento bonito de rezar a vida do/a outro/a, de nós conhecermos melhor, tendo em vista a presença de alguns membros novos, e de nos reconhecermos enquanto grupo.
    Das terras de Ceilândia, o grito de vida, protagonismo e juventude!  

    Autor/Fonte: http://www.pj.org.br/noticias.php?op=ExibeNoticia&idNot=884

    sábado, 21 de maio de 2011

    1º Dia de Reunião CN/CNA/SN

    No dia 19 de maio, começa a reunião da Coordenação, Assessoria e Secretaria Nacional da Pastoral da Juventude em Ceilândia/DF, cidade satélite de Brasília. A abertura da reunião foi realizada com uma Celebração Eucarística presidida por padre Edinho, do Rio Grande do Sul.
    De toda a pauta, os assuntos principais são a avaliação da Ampliada de Imperatriz/MA e a preparação do 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude que acontecerá em Janeiro de 2012, em Maringá/PR.
    O trecho de Jo 13, 1 “Ele tendo amado os seus, amou-os até o fim” é a iluminação bíblica que norteará toda a reunião e também o próprio 10º ENPJ. Já estão presentes em Ceilândia/DF Padre Wandinho Torres (Leste 2) , Irmã Maria Couto (Norte 01), Claudinei (Sul 02), Deyse (Nordeste 03), Cristina (Nordeste 05), Sandra Figueiredo (Oeste 02), Walkes Vargas (Oeste 01), Luís Duarte (Centro Oeste), Angela Maria (Nordeste 04), Padre Joel (Assessor Regional da PJ – Sul 02), Irmão Joilson (Leste 2), Fábio (Norte 02), Roberta (Sul 01), Elis (Nordeste 03), Alex (CONJUVE), Felipe Freitas (Coordenação da Campanha Nacional contra a violência e extermínio de jovens), Paula Grassi (Sul 03), Edilson (Norte 02), Thiesco Crisostomo (Secretário Nacional da PJ), Jonhson (Nordeste 05), Carlinhos Souto (Nordeste 03), Jonatas (Norte 01), Thiago (Nordeste 01), e Marcelo Lírio (Leste 2).
    O período da tarde foi reservado ao debate da construção do Plano Pastoral, resultado da Ampliada de Imperatriz/MA e a noite foi reservada a reza do Oficio Divino com a mística da acolhida e do amor proposto pela iluminação bíblica da própria reunião.

    sábado, 14 de maio de 2011

    Dom Eduardo eleito o 1º presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude


    Foi eleito na manhã de hoje, 12, o presidente da recém-criada Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. O escolhido foi o atual responsável pelo Setor Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silva, que é bispo auxiliar de Campo Grande (MS). A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude é uma nova Comissão, desmembrada da Comissão Episcopal para o Laicato.

    Jesus Cristo ama a juventude da Evangelização da juventude



    Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior fajr@pucsp.br
              Somos desafiados a permanecer em Cristo. Conectados, linkados, articulados como ramos à videira. E sobretudo, gestando vidas unidas em processo missionário permanente. É o tema para a inspiração. Nós seremos capazes de fazer brotar um rebento bonito e verdejante em nossa união a Cristo?
              A resposta é sim, se soubermos ver, convidar e acompanhar. 
    Ver com amor e ver como Jesus, é o primeiro desafio. É um método e postura de vida. Quem vê o outro, já ultrapassou a si mesmo, e pode compreender a alma do segredo cristão. Ver com o olhar de Deus e permitir ser visto por Deus. A experiência tão falada hoje nos movimentos do “estar com Cristo” e “viver uma experiência profunda e única com Jesus” só pode acontecer se ao ir ao encontro dos jovens pudermos vê-los. Digo isso, pois muitos jovens hoje vivem uma situação de invisibilidade social e até (pasmem!) eclesial. Existem, mas desaparecem aos nossos olhos. Particularmente os jovens pobres e excluídos. Os bispos em Puebla, ao assumir a opção preferencial pelos jovens, nos idos de 1979 já falavam dos rostos machucados de tantos jovens latino-americanos que clamam por justiça, por amor, por dignidade e ternura. Os bispos em Aparecida, em 2007, retomam o apelo e dizem que há cinco rostos que nos fazem sofrer, “rostos que doem”. Precisamos vê-los no rosto dos jovens drogados, migrantes, dos que vivem nas ruas, dos doentes, dos presos e de tantos jovens desprezados. Sem contemplar e cuidar de seus rostos e de suas angústias, o diálogo da Igreja se tornará infrutífero. Sem mirar estes olhares e ouvir estas vozes ficamos fazendo escolhas inúteis e irrelevantes na história conflitiva de nossas sociedades. São a pedra de toque. São o rosto de Cristo que clama e conclama. São a seiva necessária para que possamos viver. Viver do olhar dos outros, como nos ensina o pensamento de gente tão bela como Martin Buber ou Kierkegaard e Immanuel Levinas, mas sobretudo Santo Agostinho, São Francisco de Assis e São João Bosco. Todos acreditaram que o rosto visto e contemplado é lugar de encontro com Deus e fonte de espiritualidade fecunda. Os jovens não sabem que são amados. Escondido nestes rostos sofridos e marcados por feridas e cicatrizes da violência que machuca demais está o próprio rosto de Deus. Ver os jovens é ver Deus. Ver Deus é viver para Ele plena e alegremente. Me vem à memória a bela frase do Bem-aventurado Charles de Foucault: “Desde o momento em que acreditei que havia um Deus, entendi que não poderia fazer outra coisa que viver somente para Ele”. 
              É hora de convidar. Depois de ver serena e profundamente, passa-se ao convite. Convite que o próprio Espírito de Jesus nos faz na liberdade e na esperança. Convite que os jovens esperam ouvir dos que já vivem em Igreja e comunidade. Convite generoso, direto, nominal. Convite feito cara-a-cara para participar, mudar o mundo e assumir desafios nas fronteiras da sociedade e da Igreja. Hoje são tantos os desafios que sempre falta gente para assumir. Convite bonito e bem feito. Nas portas das Igrejas, nas escolas, no meio da festa e até em momentos de dor. Aos jovens animados mas também aos desanimados. Aos jovens conectados mas também aos jovens solitários e sozinhos. Convite que não é assédio moral nem permite superficialidades. Convite para já e para amanhã. Convite que começa agora mas que dura a vida inteira. Convite que pode começar com um evento mas que não se esgota nisso. Convite que se torna processo de acolhida e de reconhecimento de capacidades e potencialidades. Nunca deve faltar o convite. Tantos jovens o esperam ansiosos. Nem sabem de donde mas sabem porque. A hora do convite é já. Como disse o profeta da juventude no Brasil, o querido Dom Hélder Pessoa Câmara: “O tempo urge! Não temos o direito de ser insensatos e imprudentes”. Em primeiríssimo lugar convidar as jovens negras e os jovens negros de nossos bairros e cidades. Devem ser os convidados de honra de nossos movimentos e de nossas pastorais da juventude. Também os indígenas de tantos povos e nações para que participem com a identidade e o valor de sua cultura e de seu povo da construção pluriétnica de um Brasil que queremos, fruto democrático de participação da juventude popular tantas vezes calada nestes últimos quinhentos anos. Em segundo lugar, convidar os jovens das cidades e do mundo urbano, de modo gentil e claro. Este convite deve vir acompanhado pela música. A música é a porta para o coração juvenil. Seremos felizes se estes jovens tornarem-se apóstolos de outros jovens como profetizou o querido Papa Paulo VI: “jovens apóstolos de jovens”. Hoje, diremos: jovens missionárias no mundo e no meio das muitas juventudes, nas ruas, shoppings, escolas, universidades, morros, bandas musicais, grupos de cultura popular, teatro, hip hop, e até nas Igrejas, na multiplicação de grupos de jovens articulados e animados pelo fervor missionário. 
              A etapa derradeira é o acompanhamento. Para que a árvore cresça e possa dar fruto é preciso que permaneça em Cristo, que seja cuidada e que viva da seiva abundante que vem de Deus. Devemos cuidar da planta e fazer a poda e boa águada de tempos em tempos. As vidas unidas em missão também devem preocupar-se com a organização e o trabalho em conjunto. Ser orgânicos e articulados. Ser equilibrados entre vida de trabalho e vida interior, sem dicotomia nem esquizofrenias espirituais tão freqüentes em grupos fundamentalistas na política e na religião. Não considerar-se os donos da verdade, mas querer estar na verdade. Ver com olhos amplos e dinâmicos as belezas de outros grupos, movimentos e até de outras Igrejas e grupos religiosos que não sejam os nossos. Ser fiel às nossas vocações e carismas mas nunca negar os dos outros. Ser firme na fé e na esperança mas manter o coração livre e aberto ao amor que como Espírito fecundo sopra onde quer e renova todas as coisas. Ao acompanhar nossos grupos e juventudes precisamos de firmeza permanente, de fidelidade conseqüente e de discernimento crítico. Nada se faz de qualquer modo nem de forma relapsa e desarticulada. Nossa força está na unidade plural. Não na uniformidade nem no autoritarismo de poucos. Os desafios novos são a ecologia, a ética e a sexualidade. A nova consciência juvenil diante das gerações futuras exige que nossas pastorais juvenis sejam profetas da ecologia, que assumam novas posturas e um novo jeito de estar no mundo sem desperdício, sem descartáveis e sem consumismo estéril. Jovens que não favoreçam ao aburguesamento, à vaidade e ao orgulho. Jovens que não sejam grosseiros nem violentos com outros colegas e menos ainda com mulheres e crianças. Jovens que não se permitam ser atingidos pelo vírus do machismo e do preconceito racial. Jovens mais austeros e respeitosos consigo mesmo e com o mundo em que vivemos. Jovens sustentáveis! Mas também jovens responsáveis, como nos pede um mestre da bioética, Hans Jonas, ao dizer que só a ética da responsabilidade pode salvar nosso planeta em risco. E ética que respeite o outro, o diferente e não permita ao jovem viver de arrogância e preconceito contra outros grupos humanos de nossas cidades. Jovem não pode perder-se nas malhas da violência e atacar negros, homossexuais e pobres como vemos em manchetes a cada dia em nossas metrópoles. Jovens novos, pois vivem dos valores do Evangelho. Respeitam a vida e suscitam a esperança. Jovens diferentes pois marcados pelo selo de Deus. Jovens que acreditem na proposta do Reino de Deus que é sempre maior e sempre desafiador. Jovens como Jesus: alegres, festeiros, simples, companheiros, orantes e sobretudo amigos de outros jovens. E que dizer do desafio de uma boa compreensão e vivência sexual. Aqui o acompanhamento e a pureza de coração devem fazer ecoar verdadeira melodia de liberdade. Ama e faz o que quiseres, dizia Santo Agostinho. Reconheça tua dignidade e saiba a que fostes destinado, diziam os padres da Igreja antiga. Saber-se e compreender-se feitos para amar e viver as pulsões sexuais de forma feliz e marcadas pelo amor e para o amor. São tantos os jovens machucados por desejos vazios e por uma sexualidade mórbida. Aqui a sexualidade se torna conflito e possibilidade de temor, medo e vergonha. Os jovens sabem que Jesus foi sexualmente feliz e íntegro. Jesus foi um jovem pleno em sua sexualidade relacional pois a viveu no amor e na integralidade de seu ser. Precisamos aprender e acompanhar os jovens na busca de maturidade e do equilíbrio sexual em uma nova visão antropológica do humano. Sexualidade como expressão profunda da pessoa humana, aberta aos outros, a si mesmo e a Deus. Viver a sexualidade como lugar e possibilidade de plenitude. Não rejeitar nem sublimar mas compreender e amar com serenidade, sem posse nem violência, vencendo a ansiedade que muitas vezes deprime e esvazia.
    Enfim, se fizermos estes três pequenos passos, o do ver, o convidar e sobretudo o acompanhar nossos jovens permanentemente sem esmorecer poderemos cantar: “Virá o dia em que todos ao levantar a vista veremos nesta terra reinar a liberdade” e na última estrofe tão bela: “Protege o seu povo com todo o carinho/ fiel é seu amor em todo o caminho/ assim é o Deus vivo que marcha na história/ bem junto do seu povo, em busca da vitória”. 
              Confiar na juventude é a palavra encantada neste mundo de desencantamentos e simulacros fugazes.
    Assim podemos proclamar com João, desde as longínquas terras de Éfeso até os rincões do mundo juvenil: “Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto (Jo 15,5).” Frutos espirituais, psicológicos, coletivos, pessoais, éticos, ecológicos, amorosos e saborosos, pois divinos. 

    domingo, 8 de maio de 2011

    SER MÃE


    Ser mãe é um grande mistério de Deus. É desdobrar a sua vida em um, dois, três ou mais filhos que o criador lhe conceder.
    Noites e mais noites sem dormir, coração pulsando de alegria e dor pela linda criança embalada em seus braços a qual, muitas vezes, entre a vida e a morte parece até esvaziar dela a própria vida.
    Mãe, seu filho nunca cresce, é sempre aquela criança mimada precisando de atenção, cuidado, carinho e proteção. O amor de mãe é sempre o mesmo porque procede do coração de Deus.
    Ser mãe é assumir uma missão que não é resultado apenas de uma escolha ou opção pessoal. Não é uma opção apenas de duas pessoas para que a vida se torne dom. Ser mãe é acolher, entender, aceitar o convite do criador. Deus é quem nos dá a vida e a mãe é quem, de uma maneira espetacular, se torna instrumento do criador. Por isso, mãe é a forma divina de estar pertinho de nós. Deus tem muitas formas de se fazer presente em nossas vidas, mas é sem dúvida, através da mãe que ele se torna muito perto de nós, cuida, zela, acaricia, ama com afeto, educa, ensina a andar, viver, amar, perdoar. Ser mãe não é apenas um sinal de Deus, é sim a presença dele no mundo. Dos muitos modos que Deus se manifesta presente no mundo, através da mãe acredito ser um dos mais especiais que Deus escolheu.
    Diante da grande missão que é Ser Mãe acredito que é oportuno entendermos que essa deve ser fruto de um projeto de vida bem pensado, assumido com maturidade e com muita responsabilidade, a fim de que a família continue sendo o espaço privilegiado da vida em plenitude que Deus quer para todos nós. Nesse projeto de vida é preciso tomar a vida e a história nas mãos, fazer e assumir a escolha, organizar o caminho em busca da felicidade. Ser mãe é uma causa que alimenta e dá sentido a toda vida.
    Ser mãe é ser pessoa madura, consciente, é escolher valores que são inegociáveis, é viver em função do Reino, reino que Jesus veio inaugurar e que pede o nosso compromisso para que façamos com que ele se torne experiência na prática da justiça, do amor, da paz, da solidariedade, do bem... É dizer sim à vida, escolhendo valores que nos tornam mais humanos, é poder dizer não ao consumismo, ao hedonismo, é dizer não ao ter, escolhendo como prioridade o Ser. Na escolha do ser ao invés do ter podemos olhar para as mães e ver nelas todas essas escolhas e agradecer o testemunho por tantos ensinamentos que nos mostram o valor da vida, a responsabilidade pelo cuidado do ser pessoa, ser amado com afeto, proteção e estímulo para o crescimento humano integral, como pessoas criadas à imagem e semelhança do Criador. Se fomos criados à imagem e semelhança de Deus é porque temos alguém que, como Maria, a mãe de Jesus, disse “sim” ao convite de Deus e na obediência e na paciência acreditou na vida como dom que se renova em vista to Reino. 
    Espero que este texto nos ajude a pensar na vida como dom, e acima de tudo, que saibamos agradecer pela mãe que Deus nos deu como maior presente para nossa existência. Da mesma forma é oportuno refletirmos como que as futuras mães estão se preparando para essa nobre missão, com tem sido a busca de uma formação humana, afetiva, espiritual em vista dessa missão tão nobre, e que por isso não pode se resumir a uma escolha pessoal nem tão pouco à consequência de atos ou relacionamentos vividos na superficialidade de encontros ocasionais. É, pois oportuno pensarmos no valor sagrado do namoro em vista de um projeto de vida responsável, maduro onde homem e mulher se encontrarão para serem instrumentos de Deus a favor da vida, da família, dos valores inegociáveis em vista de um mundo melhor. Que os grupos de jovens possam crescer e viver com maturidade a afetividade que respeita cada pessoa com ser criado à imagem e semelhança de Deus e nunca como objeto de prazer e satisfação dos desejos imediatos. Ser mãe é encontrar e saber dar sentido à vida.
    Nesse sentido, podemos abrir uma outra reflexão: o valor, a importância da mulher na Igreja, na sociedade, enfim no mundo. Teremos durante este ano vários momentos onde veremos esse tema presente, de modo especial no DNJ (Dia Nacional da Juventude) que será celebrado em outubro. Por isso, desde já quero convidar você e seu grupo para refletirmos um pouco sobre este tema importante, que merece nossa atenção, nosso cuidado e nosso reconhecimento. Entender o lugar da mulher, na Igreja, na Sociedade, na nossa vida, é entender a presença de Deus na Bíblia e também na nossa história. Por isso encaminho também um texto com muitos elementos importantes que podem nos ajudar muito. Trata-se de um texto do Pe. Wander Torres (Pe. Wandinho) que assessora a Juventude em Minas Gerais que escreveu esse texto inspirado na reunião da Pastoral da Juventude que aconteceu em janeiro de 2011 em Imperatriz – Maranhão. Reunião denominada “Ampliada de Imperatriz”. Espero que o texto ajude você e seu grupo.

    Pe. Joel Nalepa

    sábado, 7 de maio de 2011

    A cara jovem da Igreja

    A TV Canção Nova transmitiu nesta quarta-feira (4 d maio) o programa “Revolução Jesus” que trouxe como pauta o Setor Juventude da CNBB, em um bate-papo descontraído do apresentador Adriano Gonçalves com Dom Eduardo Pinheiro – bispo referencial nacional do Setor Juventude; Dom Altieri – bispo referencial do Regional SUL 1; padre Carlos Sávio e Padre Toninho, ambos assessores nacionais do Setor; e ainda com representantes jovens das PJs, movimentos, congregações e novas comunidades.
    Diante da realidade do Documento 85 da CNBB, o assunto foi abordado de maneira super jovial e, num cenário de pluralidade ,a Igreja mostrou sua cara jovem e una! Vale a pena conferir na íntegra o programa através do link abaixo:

    O segredo do sucesso das organizações

    Em tempos de auto-ajuda empresarial, onde qualquer dica simples vira “o desvendar do mito” que pode “render milhões”, foi provocativo e intencional colocar um título como este neste artigo. Que bobagem! Ao final da leitura, qualquer texto publicado na internet deixaria de ser segredo. A intenção era ser um título atrativo.
    A palavra “segredo”, por conta disto, possui a sua magia. Quem coloca um título com esta palavra, disseram-me os entendidos em textos de internet, atrai muito mais visitas. Não duvido disso não. Aliás, até creio que eles estejam com a razão. Este é um teste!
    Mas como um texto não se faz somente com o título, é preciso que tenha algum conteúdo também! E não pode ser um conteúdo mentiroso ou enganador. Se eu quero partilhar um “segredo de sucesso”, tem de ser algo valha a pena o sacrifício da leitura.
    E é um segredo simples, uma dica até meio óbvia, mas que os compromissos e atividades cotidianas por vezes nos fazem esquecer ou deixar para trás. E olhando para nossa atividade pastoral, sinto que em alguns casos este segredo não chega a ser secreto. É apenas esquecido ou engolido pelas tarefas e estruturas que temos e pelas que são criadas.
    E o “segredo” é: “conhecer bem os níveis e organizações e pessoas com as quais trabalhamos”. Como é que é? Simples. Você está na coordenação de uma área pastoral? Já visitou as comunidades desta área? Conhece os grupos e lideranças locais? Sabe as particularidades de cada um destes grupos e coordenações? Tem ideia do que fazer para ajudar a pastoral da juventude a se desenvolver ali?
    E sou bem sincero com você que lê este meu texto agora. Parece simples, mas não é. Enquanto escrevo, estou no serviço de assessoria da PJ no regional Sul 1. Olho para o mapa do estado de São Paulo e digo que não tenho como conhecer todos os grupos em todas as comunidades. Mas posso conhecer as coordenações diocesanas (ou arquidiocesanas ou regionais, dependendo da realidade). E este é um dos desafios ao qual eu estou me colocando para os próximos três anos.
    Conhecer quem está em cada nível da estrutura pastoral não é dar mais valor à estrutura. Não podemos nos deixar sufocar pela estrutura. Ela é instrumento para a missão. E conhecer as pessoas que estão na organização pastoral é meio de animar esta missão.
    No último artigo comentei que a pastoral se dá na articulação dos grupos. E acrescento agora, além dos grupos, das pessoas. Conheço muita gente fantástica que não está mais na estrutura pastoral, mas que faz um bem danado para a PJ. Mesmo de fora, essa turma continua fazendo pastoral.
    E o que isso tem a ver? Contatos, respondo eu. Vou exemplificar. Você está lá na coordenação diocesana. Está bem articulado com as bases, os grupos e as lideranças locais. Sua diocese está bem articulada também com a sub região. Ou seja, estão indo muito bem naquilo que o “segredo” deste artigo trata. Pode-lhe faltar, entretanto, contato de assessoria perita, com quem tratar sobre um tema específico e importante para a caminhada pastoral. E nisso ex militantes da PJ, ex coordenadores, membros de institutos, casas e centros da juventude, por exemplo, tem muito a oferecer. Tem que conhece-los também.
    A grande sacada deste “segredo” é que fazendo tudo direitinho, ganharemos conhecimento, faremos contatos, conheceremos realidades diferentes, saberemos lidar com elas e cresceremos pastoralmente. Não é uma promessa vã. Digo isto como testemunho de quem já passou por uma situação como esta numa realidade bem desarticulada. Quem encara este desafio e o leva adiante saberá lidar com boa parte dos casos que podem parecer complicados a princípio.