Falar sobre juventude não é tão simples, podemos constatar essa afirmação, se questionarmos diferentes pessoas sobre o significado do termo juventude, obtendo como resultado as mais diversas respostas. Alguns poderão oferecer definições a partir de parâmetros etários, outros sobre sua vivência juvenil, outros sobre a realidade dos jovens conhecidos. Dessa forma, para fins de pesquisa, legislação e definição de políticas públicas torna-se necessário fazer um recorte etário para definir a quem se refere o termo juventude, no entanto, a realidade juvenil é muito mais complexa e plural para ser unificada apenas neste conceito. A visão mais ampla de juventude que se tem hoje é uma construção dos últimos dez anos. Até a década 1960 a visão de juventude se restringia aos jovens escolarizados de classe média, e nas décadas seguintes o foco passou para as crianças e adolescentes em situação de risco. A percepção mais ampla de juventude que surge nos últimos anos, traz a reflexão de que: (...) os problemas de vulnerabilidade e risco não terminam aos 18 anos, mas se intensificam a partir daí. Mas também pelo aparecimento de novos atores juvenis, em grande parte dos setores populares, que vieram a público, principalmente por meio de expressões ligadas a um estilo cultural, colocar questões que os afetam e preocupam, diferentes daquelas colocadas pelas gerações juvenis precedentes, e para as quais não havia nem mesmo formulações elaboradas no plano da política. Por essas duas vertentes começaram a ser demandados, propostos, executados, algumas ações e projetos para esses segmentos, agora sob o termo “juventude”. (Abramo, 2005, p.39) Utiliza-se então o termo “juventudes”, como uma forma de ressaltar a pluralidade da realidade juvenil e não generalizar e simplificar num termo, um universo composto pela diversidade econômica, cotidiana, escolar, pela desigualdade de gênero, de condições, trabalho e projetos. fonte:http://crissociais.blogspot.com/2009/09/juventude-de-quem-estamos-falando.html
terça-feira, 22 de setembro de 2009
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