Ontem assistindo o final da novela “caminho das índias”, me deparei com um questionamento. Todos vocês que assistiram à novela, ou se não, devem sabem do enredo. Eu observei bem poucos capítulos, além disso, sabia que em algum lugar da índia, havia uma família tradicionalmente conservadora dos conhecimentos Hindu, na novela representada pela família Ananda. O protagonista desta família era um homem orgulhoso e defensor dos sistemas de castas “Opash”, antes do ultimo capitulo pensava ser comerciante. E por sua ferenha defesa das castas, esta em conflito com “Shankar” um Brâmane, que criou um intocável como filho e apoiou uma dalit para uma espécie de “deputado” indiano. Entendendo o enredo ou não, o que importar é perceber o fim da novela, “Opasch” descobre ser filho de “Shankar” seu grande inimigo de lutas tradicionalistas hindu. “Shankar” era podemos dizer um intelectual/sacerdote que defendia as “lutas de classe”. Havia e a uma luta de classe, como acontece aqui no Brasil. Mais o objetivo não é dizer quem esta certo ou errado. Mas sim perceber, a insensibilidade da escritora deste enredo. “Opasch” rompe com todos seus paradigmas de uma vida em um momento. Eu particularmente não acredito em rompimentos tão instantâneo, com todo um paradigma vivido durante toda uma vida. Para um amigo meu ontem em uma mesa de bar isso se chama “amor” que pode mudar tudo em toques de mágica. Para mim a mudança tem um processo, a conversão de vida se da por passos a passos, às vezes muito mais lento do que acreditamos, não somos imaculados, somos viciados pelo sistema. Somos influenciados e influenciamos, formamos uma identidade no dia a dia, com as indivíduos e os meios que nos cercam, com nossa cultura, com um sistema(opressor), com uma mídia que diz como devemos ser. A autora foi infeliz, alias sempre acho que os autores de novela são infelizes. Tentam representar a vida real de uma forma fraudulenta. Mais por outro lado acredito que hoje neste mundo instantâneo. As pessoas acreditem que podem se converter, romper paradigmas em segundos. Exemplo os movimentos neos-pentecostais. Eu ainda acredito no processo, que tudo, ate o amor é um processo, que é caminhando que se chega e se constrói. Mais será que “Opasch” só rompeu com seus paradigmas por ter subido de casta? Rodrigo szymanski PJ - Diocese de Criciuma- SC fonte: http://rodrigopjoteiro.blogspot.com/
sábado, 12 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário