Amigos e amigas. Neste mes de julho, exatamente no dia 16, completam-se 13 anos da partida de nosso querido e inesquecível FLORIS para a casa do Pai. Como uma homenagem posto hoje este texto que tenho de sua autoria. Como perceberão o texto está incompleto. Foi trasferido de um antigo diskete, daqueles antigos, mas é um texto atual para se refletir sobre a assessoria. Se por acaso alguem tiver o texto completo partilhe conosco.
PE. FLORISVALDO SAURIN ORLANDO, CP.
Pe. Florisvaldo, conhecido melhor como Pe. Floris, nasceu em Padre Nóbrega-SP, a 24/02/1952. Foi ordenado presbítero a 03/02/1980 em Paranavaí (PR). Em 1981, a Província Passionista do Calvário, com sede em São Paulo, o destinou para ajudar os co irmãos de Goiás e a Diocese de São Luís de Montes Belos. Dom Stanislau logo o nomeou assessor diocesano da Pastoral da juventude, cargo que ocupou até 1989, quando passou a assessorar a PJ (Pastoral da Juventude) Nacional. O esperado encontro com o Senhor aconteceu em Goiânia (GO), na madrugada do dia 16 de julho de 1997.
Assessor Sim, Dono Não!
Pe. Florisvaldo Saurin Orlando.
No artigo anterior [JUVENTUDE n”70] dizíamos que cada grupo deveria ter um assessor fixo que conhecesse sua caminhada e acompanhasse seu processo de crescimento. Também falávamos do protagonismo dos jovens e da Função do assessor de grupo: iluminar as decisões dos jovens, não decidir por eles!
O “grupo da Maricota” tem um simpático casal de “tios”. Outro tem urna “madrinha”, Certa paróquia tem um “casal dirigente” para cada grupo. Todos eles “gente boa”, vindos de algum movimento de Igreja. Fazem de tudo pelo seu grupo: providenciam passeio, promovem festinhas, dão conselhos, zelam pelo bom comportamento, ensinam, dão palestras ou dirigem as reuniões, quebram galhos... Mas seus grupos parecem mais um bem organizado “Jardim de Infância”! Só falta botar todos em filinha de mãos dadas na hora de atravessar a rua. Porque na verdade os jovens do grupo são tratados como crianças. E o pior é que gostam, se comportam como crianças e pennanecerão infantis para sempre se não se quebrar esse tipo de dependência.
A presença do adultos, especialmente de um casal, no grupo de jovens pode ser urna bênção. Mas como assessores, não como tios, padrinhos, dirigentes... “donos” do grupo. As vezes aqueles títulos são usados ingenuamente. Mas na maioria das vezes eles denunciam o tipo de relação que se estabelece: unia presença paternalista, que gera nos jovens unia atitude de dependência. e que tornará adultos passivos (ou também paternalistas) e não cidadãos críticos, criativos, sujeitos de mudança e construção de urna história melhor.
A questão principal não é o título, mas a atitude, a pedagogia utilizada. Nós adultos ternos urna tendência ao paternalismno ou autoritarismo. O sistema social, familiar, educacional e eclesiástico tem formado para isso. Muitos Movimentos de Leigos, de onde vêm os adultos que se dispõem a trabalhar com os jovens, possuern urna pedagogia pouco libertadora (baseada em palestras, por exemplo), que reforçam essa atitude. Depois eles trazem seus “vícios pedagógicos” para o grupo, contrariando a proposta pedagógica da PJ - Pastoral da Juventude - que quer desenvolver o Protagonismo dos Jovens.
O que fazer? Os jovens devem lutar por seu protagonismo, não dispensando os assessores, mas exigindo que estes ocupem seu lugar próprio. O adulto que se dispõe a trabalhar com os jovens precisa capacitar-se para isso, conhecendo a proposta pedagógica da PJ, o papel do assessor e, sohre!udo, vigiando-se e revisando suas atitudes para livrar-se dos “vícios pedagógicos” que sua formação lhe incutiu. Os responsáveis pela PJ na paróquia, diocese ou região, precisam proporcionar a esses adultos os meios para sua formação e aperfeiçoamento como assessores de jovens. E no caso de alguns “donos” de grupos que sejam “incuráveis”, arrumar um jeito de se mandarem. Melhor não tê-los. Nem sê-los!
Assessor, bicho raro e necessario!
~edi questões de temas e proble¬mas da Vida em grupo a serem tratados aqui.
1) pedido continua de pé. Aleuéitm immdaeou: ‘1: a /11(”Jao dv (IdulIOx que e.~¬loa 110) ~rupos Cofio doiios ‘. 1/00 (0)110
(IXACVN0/CX, /)OfX (1 lÍXW) deles e Jfiul(’i/ld¬l~!a C 1/00 (0/li ril~ui. Cø~i~~ iraball,u e ~ 1 1’alcmos. entao. de Assessoria.
1- Nos t!rtllX)5 dii 11 — Pastoral da Juventude — os jovens são os protagonistas. Eles são sujeitos e não apenas destinatários da ação evangelizadora. Para serem sujeitos de historia exige-se uma pedagogia que favoreça sua participação comoi sujeitos desde a entrada no grupo. Isso significa que são eles que devem definir e decidir sua caminhada como grupo.
2. O protagonisrno) dos jovens não dispen¬sa a assessorma e nem significa que a Igre¬ja e a PJ não possam ter urna Proposta para eles. Não signitica que cada grupo) tenha que ‘‘partir do zero’’, inventando tu¬do. Há um “saber acumulado” (experiên¬cias, marco) doutrinal, princípios pedagó¬gicos, metodologias etc) que pode e deve ser colocado à disposição do grupo, sobretudo através da assessorta,
3. Assessores sao, portanto, Adultos (ca¬sal, irmã, rcligio)so, padre) OU Jovens (que passaram pelo processo de formação), que possuem aquele saber e experiência e que.
sem serem do Grupo, Estão no Grupo para Acompanhá-lo, Apoiá-lo, Orientá-¬lo, ajudando-o a construir o seu caminho apropriando-se do “saber acumulado” e criando o proprio. A função do assessor é a de lluniinar as Decisões do Grupo e não a de Decidir por ele!
4. Sem assessoria o grupo não caminha. Ou caminha com mais dihculdade. Geral¬mente o padre, sobrecarregado de traba¬lhos, dá seu “apoio moral” (ou nem isso!). faz uma visitinha, passa algum material. A equipe paroquial de coordenação e assessoria (onde tem) visita os grupos, provi¬dencia subsídios, promove reuniões e cur¬soS para os coordenadores, ali ~‘idades coo—
•jltlI las para todos os participantes. Os di¬versos grupos da paróquia, etc. ‘hurnhéni as vezes o grupo convida uma pessoa (211— tcndid:t cm um determinado assunto) para ajudá-lo), estudo de um tema ou planejamento de uma ação. Todas essas S~i() fo— niias de iij)OlO e as~:essO1-ia (ltJC o) gr tipo deve dpfl )W II dF.
5. Mas o ideal é que cada grupo possa ter um Assessor Fixo, urna pessoa unica, tendo aquela experiência e conhecimento de que falamos. Conheça a caminhada do Grupopo e Acompanhe de modo permanente o seu Processo de Crescimento
Fonte: http://onidyna-eterno.blogspot.com/