Emoção, dor, tristeza, esperança. Esse foi o clima que marcou a missa de corpo presente do padre Gisley Azevedo Gomes, celebrada na tarde de ontem, 17, na paróquia Santa Cruz e Santa Edwiges, em Brasília. “A CNBB, representada por mim e pelos meus irmãos bispos aqui presentes, quer manifestar seu reconhecimento ao padre Gisley por sua dedicação, seu amor, sua doação à Pastoral da Juventude e ao Setor Juventude da CNBB”, disse o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, que presidiu à missa, tendo ao seu lado, dom Luiz Soares Vieira e dom Dimas Lara Barbosa, respectivamente, vice-presidente e secretário geral da CNBB. “O padre Gisley sempre foi um homem de Deus, vivenciando as dores e as mazelas da juventude, mesmo assim lutava e batalhava para que estes jovens saíssem da atual conjuntura de pobreza, marginalização e violência. Só superou todas as barreiras porque graças ao amor, compreensão e dedicação atuava ao lado destes [jovens], sem nunca se esquecer do Evangelho”, afirmou o presidente da CNBB, destacando a “vivacidade e competência do padre Gisley em atuar com os jovens”.Dom Eduardo Pinheiro Dom Eduardo Pinheiro Durante a homilia, o bispo responsável pelo Setor Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro, não escondeu a emoção que o levou às lágrimas. Em tom fraterno e amigo, como que conversou com o padre Gisley, exaltando seu empenho na defesa da vida dos jovens e seu ardor missionário junto à juventude. “Entre dores e sofrimentos, ousamos, ao lado do padre Gisley, celebrar e cantar a vida. Obrigado, padre Gisley, por nos comunicar o ardor da vida, por nos convencer a construir a paz”, disse dom Eduardo. Dom Eduardo lembrou, ainda, a determinação do padre Gisley em “galgar paulatinamente” metas e objetivos que melhorariam a vida dos jovens na Pastoral. “Em quantas oportunidades me peguei pensando nas grandes atitudes tomadas por Gisley na Pastoral da Juventude? Quantas vezes ele me surpreendeu com ideias fantásticas, quando não havia mais esperanças? Um homem dedicado a Deus e querido por todos os que o cercavam, seja na CNBB ou na Pastoral, seja nas comunidades mais humildes onde atuava”, recordou. “Por isso digo que quem promove a paz é chamado de filho de Deus. Padre Gisley, você promoveu a paz, por isso, meu querido irmão, você foi um filho de Deus. Obrigado padre Gisley”, disse, referindo-se ao texto do evangelho proclamado na celebração. “Continue nos ajudando, padre Gisley, a defender a vida dos jovens fazendo com que desapareça a violência do mundo. Você estará ao lado de Dom Mauro, Dom Helder, Dom Luciano. Você, padre Gisley, continuará intercedendo por nós, lutando pela vida da juventude”, sublinhou dom Eduardo. Na conclusão de sua homilia, dom Eduardo reafirmou o compromisso da Igreja com a vida da juventude. “Nada de negativo neste mundo vai nos fazer deixar de acreditar na vida. Vá em paz, padre Gisley! Lembre-se de nós”, concluiu. Homenagens Ao final da celebração, foram prestadas breves homenagens ao padre Gisley. O secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, leu a nota que a CNBB emitiu na terça-feira, 16. “Reafirmamos a urgência de toda a sociedade se mobilizar para por fim à violência que ceifa vidas tão precocemente”, afirmou o secretario geral. Dois jovens leram a Carta das Pastorais da Juventude que propõe a “Campanha Nacional contra o extermínio da juventude” com o tema “Juventude em marcha contra a violência”. As homenagens foram encerradas com um canto que levou os presentes às lágrimas. “O rosto de Deus é jovem também e o sonho mais lindo é ele quem tem. Deus não envelhece, tampouco morreu, continua vivo no povo que é seu. Se a juventude viesse a faltar, o rosto de Deus iria mudar”, diz o refrão da música. Após a missa, o corpo do padre Gisley seguiu para a cidade de Morrinhos (GO), sua terra natal, onde será sepultado. Fonte: CNBB
quinta-feira, 18 de junho de 2009
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