As violências contra a juventude são um problema que afeta toda a América Latina e o Caribe. Não somente os assassinatos praticados pelas forças policiais e agrupações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e armas, como também suicídios e acidentes de trânsito, marcam a realidade juvenil contemporânea. Todos os anos, mais de 30 mil jovens[1] são mortos por homicídio nos países da América Latina e Caribe, revelando uma realidade inaceitável para nós, discípulos/as missionários/as de Jesus.
A ausência de políticas públicas que garantam os direitos dos/as jovens os arremessam para os circuitos violentos das pequenas e grandes cidades, seja como vítimas do tráfico, das drogas e dos pequenos furtos, seja como autores, muitas vezes sob influencia da mídia para o desejo do consumo exarcebado e desnecessário.
No campo há o aumento da violência principalmente de duas formas: as mortes decorrentes da repressão àqueles que estão envolvidos na luta pela terra e a violência típica das cidades (furtos, estupros, homicídios etc.) que avançam nestas localidades e nas pequenas cidades de modo assustador, ameaçando as vivencias destas comunidades e especialmente dos/as jovens.
Trata-se de uma realidade complexa e desafiadora. O alto número de mortes de jovens representa um desafio ético aos que acreditam na possibilidade de uma outra sociedade e preocupam sobretudo à própria juventude. Assim, falar de saídas para esta questão da violência letal contra os jovens na América Latina e no Caribe significa falar sobre políticas públicas que favoreçam a emancipação e a vivencia plena dos direitos da juventude, considerando como pautas da estrutura social as produções culturais, políticas, econômicas, etc. dos jovens da America Latina e do Caribe. Vale ressaltar a importância do diálogo com outras organizações juvenis, espaço de construção e efetivação de parcerias.
As violências contra a juventude são, em verdade, violências contra toda a América Latina. Abraçar esta luta é comprometer-se com uma nova América Latina, sinal do Reino de Deus.
A Pastoral Juvenil Latinoamericana, reunida no 3º Congresso Latino Americano de Jovens, impulsionada por Aparecida, que nos convida a sair em missão, se desafia a lutar contra a violência e extermínio de jovens, porque compreende que a sua missão é defender a vida da juventude. Cristo nos chama a sermos sinal de resistência. Vamos todas e todos espalhar esperança a todo o nosso continente, caminhando com Jesus, na luta contra a violência, para dar vida a nossos jovens.
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