Que o grito não se cale. Que a atitude não cesse.
Que a vontade não se esvaia .Que a inocência não se perca .
Que acreditemos sempre que é possível,
Mais ainda: que tornaremos viável. Que contagiemos cada vez um número maior de pessoas com nossa síndrome de inquietude .
Não abandonemos, suplico, os jovens inconformados que há em nós
Mesmo quando não mais formos jovens e, porventura, haja algum conforto em nossas vidas. Aos corações que se partem, tempo.
Aos desconhecidos, sorrisos. Às febres, mãe.
As vitórias, brindes. Às derrotas, consolo.
Às injustiças, normas, às lacunas, bom-senso.
Aos inimigos, que não os haja, em os havendo, paciência. Aos amigos, a completude de nós. Ao amor... ah! Deixemos que nos exceda, que não entendamos como vivíamos antes dele tornar-se nosso conhecido.
Nós, que somos jovens, que vivamos constantemente como que diante de um grande acontecimento, ato heróico que é o simples existir.
Que sejamos imortais, pois já deixamos marcas fortes nos que nos circundam.
Nós, que somos jovens, que sigamos tentando salvar o mundo.
Poema escrito como dedicatória no verso da capa do livro "Pedagogia do Oprimido", dado a Roberto Efrem Filho, por Ana Lia Almeida, em 21 de Setembro de 2003, data do último dia do I Seminário de Formação do Núcleo de Assessoria Jurídica Popular - Direito nas Ruas e do vigésimo aniversário de Roberto.
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